Sempre gostei de minha mulher, sempre. Quando nos conhecemos ela tinha dezesseis anos e eu vinte. Sempre a quis como mulher.
Depois de muito, criei coragem a pedi em casamento. Disse que amava outro homem. Dei de cara. A surpresa me veio quando soube que o homem que ela amava era Elvis Presley. Voltei no outro dia com uma idéia fixa na cabeça, ela não poderia ter nada com ele, pois estava morto. Sendo assim, se casaria comigo.
Para o meu espanto ela aceitou a proposta de casamento. Fiquei meio bolado, pois a condição era que eu me vestisse de Elvis Presley sempre que ela pedisse. Mesmo com esta doentia obsessão aceitei, pensando em mudar este seu comportamento. A amei no dia em que a vi.
Casei-me vestido de Elvis e o caralho a quatro, na festa só tocou musica dele. Foi um saco. Mas era tudo que eu queria. Ficar junto da mulher que eu sempre quis.
Ao cabo de alguns meses, passei a ser motivo de fofoca na vizinhança. Ouvia o caçoar. Alguns avacalhavam geral. Passei a me sentir humilhado.
Me senti um demente compactuando com toda aquela situação de merda. Por conseqüência passei a não atender aos desejos dela: me vestir de Elvis. Pareceu-me que tudo ia corria bem.
Depois de muito, criei coragem a pedi em casamento. Disse que amava outro homem. Dei de cara. A surpresa me veio quando soube que o homem que ela amava era Elvis Presley. Voltei no outro dia com uma idéia fixa na cabeça, ela não poderia ter nada com ele, pois estava morto. Sendo assim, se casaria comigo.
Para o meu espanto ela aceitou a proposta de casamento. Fiquei meio bolado, pois a condição era que eu me vestisse de Elvis Presley sempre que ela pedisse. Mesmo com esta doentia obsessão aceitei, pensando em mudar este seu comportamento. A amei no dia em que a vi.
Casei-me vestido de Elvis e o caralho a quatro, na festa só tocou musica dele. Foi um saco. Mas era tudo que eu queria. Ficar junto da mulher que eu sempre quis.
Ao cabo de alguns meses, passei a ser motivo de fofoca na vizinhança. Ouvia o caçoar. Alguns avacalhavam geral. Passei a me sentir humilhado.
Me senti um demente compactuando com toda aquela situação de merda. Por conseqüência passei a não atender aos desejos dela: me vestir de Elvis. Pareceu-me que tudo ia corria bem.
Um dia desses, cheguei em casa e ouvi gemidos altos vindo do nosso quarto, entro meio escabreado e a vejo se masturbando e gozando como nunca gozou comigo. Perguntei o porque de tudo aquilo e ela me diz que estava transando com o amor de sua vida: Elvis Presley.
Fiquei louco. Fui a cozinha, peguei uma faca e a furei todinha. Não suportei tamanha traição.
Coloquei na vitrola um de seus discos, deitei-me a seu lado e compartilhei o último momento de nosso amor ao som de love me tender.
Fiquei louco. Fui a cozinha, peguei uma faca e a furei todinha. Não suportei tamanha traição.
Coloquei na vitrola um de seus discos, deitei-me a seu lado e compartilhei o último momento de nosso amor ao som de love me tender.
8 comments:
a tragédia apresentada com sutileza. o quotidiano improvável, mas não impossível. é dado o veredicto; Elvis não morreu!
lindo, Berimba!
aliás, gostei muito do seu "apanágio"
que peguei contigo lá na porta do Masp...
tenho um zine, chama-se DESCONTROLE
gostaria de publicar algo seu
poderia ser "os próximos"
tudo bem?
publico com seu nome, site e tudo mais, ok?
abraçasso
Carlos, de Campinas
hahahahahah!
caraio!
matança das boas...
mulê tem que respeitar!
e o sonzinho do Elvis caí bem.
"Elvis não morreu" literalmente...
Muito bom berimba! Parabéns!
É sutil, trata o cotidiano com verossimilhlança e criatividade..Por fim, surpreende!
Abraços!
Muito bom!
gosto do teu tipo de linguagem, linguagem temática estética.
abraços
Oi, Berimba!
Sou de Porto Alegre e comprei um "Não Funciona" de ti na quinta passada, na frente do Masp. Não sei se vais lembrar, mas enfim, achei a revista legal e vim dar uma olhada no blog.
: )
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