14.6.08

em cima em baixo

em cima em baixo
de quatro de lado
exausta
do ritual de praxe
propos vendar-me os olhos
me deixar ser dominado
eu temi
lembrei de um amigo
que uma putinha algemou
usou e abusou
com chicotes e supositórios
ele nao aguentou a parada
ficou triste
cheio de traumas
quando ela me jogou o laço
amarrando meus pulsos
dominando meu corpo
me senti como nunca excitado
me colou em seu colo
e enquanto me esfolava a pele
eu pedia que me maltratasse


7 comments:

Anonymous said...

a pesquisa no repertório da visceraridade é uma pesquisa ou uma qualidade sua, meu chegado?

Leandro Neres said...

Interessante teu realismo poético, rs.
Curioso o prato com lentilha, berinjela e arroz com cenoura, rs.

Ryana Gabech said...

epa..o apanágio..a frase..está em meu livro..Veremos em Paratyyyyy!!!
a vida sem navalha mesmo,

seria muito mais perigosa

abraços com carinho
RY

Anonymous said...

navalha nas carnes...


T

T
obrigada pelo
T

Gustavo said...

tenho um amigo que classifica isso como "poesia de pau duro".
são poucas as que eu gosto, sempre corre o risco de ficar escrachada demais e pouco, sei lá, poética?!

mas gosto da tua...crudicidade. (essa palavra existe?)

abraços.

EuCor Reprime Brasil said...

O sentinela olha,
Bate suas asas,
Troveja na ángustia,
Os roubos que não sucedem,
De fardas que se vestem...

A náfita voz,
Cruzando em braçadas,
O mar de vira-voltas...

Nos mergulhos que sufocam,
Desses ares que me tomam.

Valéria Araújo said...

(Poesia de pau duro, kkkkkkkkk)
Putz, legal mesmo...
E dá-lhe licença poética maloqueirista...
Excitantemente perigoso-
Um reflexo da vida em si? Dor e prazer, expectativa, prazer, dor, a dor que gera o prazer e o prazer que gera a dor, a expectativa pelo prazer paga com a dor, e vice versa...
Muito bom teu poema... Como todos! Abraçao!